domingo, 29 de junho de 2008

A Forma da Forma (Postulado)

boca suspensa em alto-relevo
revelo todo o suspense que se rebela
será?

sobre a conduta em questão, não há quesitos, pré-requisitos
postos em xeque, ou no colchão

consigo comer um lá com nona com mais sorrisos
do que depravados sentimentos em gasolina

não há coesão em texto quando não se sente a interpretação
que a coerção chicoteia (como multiinstrumentalização de sentimentos)

vejo somente o mazoquismo niilista da verdade
tão transpassada como verdade
que não é nada mais do que um verde mal pintado
uma nuvem sem forma
um beijo sem amor

talvez por sucumbir a tantos desejos
de ser [ou não] inconsciente
de ser condescendente
com as condicionais prepositivas
as prerrogativas mal condicionadas
os suspiros e os quilates de quem ainda pode mais ou menos tentar voltar
a ser

talvez...
por estarem no fundo febril
as palavras se perdem de tal forma que
encontrá-las se torna mérito (desmérito) propulsor

escrevo da forma tão livre
e suspeita (digna de radicalismos)
de advertências que se modulam ou se rotulam como um a mais
se for diferente ou condizente com suas pálpebras

e se metaforizar se extender a se misturar
o bonito, o diferente, o único
e se protagonizar fosse a esfera mais concomitante
com o resto da vida

sei mesmo que as coisas mais bonitas da vida
são conhecidas como rápidas