quarta-feira, 25 de novembro de 2009

ao calor que arde

hoje eu só preciso chorar
como a música que arde meus olhos vermelhos
hoje eu só sei mergulhar
meu copo no corpo sujo do espelho
como cada dente amarelo que espero lhe mostrar, lhe sangrar, lhe cortar
e esperar a revoada de pombos famintos
desfilando na praia sua raiva
ao me calar em pleno sol de domingo
destilando na raia sua praga
calço meus sapatos e insisto em encobrir seu corpo
e descobrir minha roupa
em surdina, ao calor de meio dia e pouco
agora beijo sua boca
acordo do maldito sonho medonho

Um comentário:

parangolés disse...

é de sonho,

"É de lágrima
Que faço o mar pra navegar"

...

se estivesse aí te presentearia um apanhador de sonhos,,, costuma fucionar ˆˆ

abraços bieuson

saudade