como a música que arde meus olhos vermelhos
hoje eu só sei mergulhar
meu copo no corpo sujo do espelho
como cada dente amarelo que espero lhe mostrar, lhe sangrar, lhe cortar
e esperar a revoada de pombos famintos
desfilando na praia sua raiva
ao me calar em pleno sol de domingo
destilando na raia sua praga
calço meus sapatos e insisto em encobrir seu corpo
e descobrir minha roupa
em surdina, ao calor de meio dia e pouco
agora beijo sua boca
acordo do maldito sonho medonho